Vitamina C tópica aliada contra o envelhecimento da pele facial
Se você pensa que vitamina C só é indicada para prevenir resfriados e
nada tem a ver com a beleza, melhor começar a repensar. Para dizer o
mínimo, sua versão de uso tópico - ingrediente que compõe a fórmula de
muitos cosméticos – é capaz de destruir os radicais livres, partículas
invisíveis que causam o envelhecimento. O ativo também revitaliza a pele
por meio da regeneração celular, e ainda dá uma uniformizada no tom da
cútis, amenizando o aspecto das manchas.
Quer mais? Alguns testes clínicos mostraram que a substância estimula a
síntese de colágeno, uma das fibras de sustentação da pele. “Apesar
desse mecanismo não estar totalmente esclarecido, vários estudos
associam o uso da vitamina C aplicada diretamente na pele com um aumento
na produção local de colágeno", diz a dermatologista Maria Fernanda
Gavazzoni, chefe do ambulatório geral de dermatologia do Instituto
Professor Azulay, da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. A
médica explica que existem diversas enzimas relacionadas à produção de
colágeno que necessitam da vitamina C para atuar em sua forma plena;
"sendo assim, acredita-se que o uso tópico da substância possa
influenciar positivamente a sua produção", explica.
Antioxidante poderoso
O poder de proteção contra o envelhecimento da vitamina C é
indiscutível. Segundo a dermatologista Mônica Aribi, de São Paulo, é o
princípio ativo mais eficaz depois do ácido retinoico, sob o ponto de
vista tópico. Ela combate os radicais livres e melhora as defesas da
pele, pois fortalece a imunidade das células cutâneas. Além disso, tem
ação hidratante e aumenta o tônus do rosto. "Esse conjunto de benefícios
colabora para a cútis parecer mais jovem”, resume a médica. O efeito
preventivo também é intenso. “Por ser um poderoso antioxidante, a
aplicação regular da vitamina C tópica é muito útil para a prevenção do
desgaste cutâneo em suas diversas formas”, conclui Maria Fernanda
Gavazzoni.
Efeito clareador
Maria Fernanda explica que, por inibir uma das etapas da fabricação de
pigmento, o uso tópico da vitamina C promove um leve efeito clareador da
pele, o que faz dela um bom coadjuvante nos tratamentos de clareamento,
apesar da sua ação ser menor do que a da hidroquinona (comumente usada
para clarear a pele), com a vantagem de não trazer os efeitos colaterais
associados ao uso da substância mais poderosa. E o benefício parece ser
consenso entre os médicos. “A vitamina C melhora a distribuição dos
melanócitos, células responsáveis pela pigmentação, e é uma boa
alternativa para os pacientes que não toleram clareadores à base de
hidroquinona”, reitera a dermatologista Mônica Aribi.
Extremamente frágil
Vitamina C no prato
Sem dúvida, a vitamina C ingerida, por meio dos alimentos, contribui
para a prevenção do envelhecimento, mas quando o assunto é pele, a
tópica ainda é mais eficaz. “A vitamina C, proveniente dos alimentos, é
necessária para que o organismo sintetize colágeno, proteína estrutural
que confere tônus e firmeza para a pele. Além disso, quando ingerida ela
também se torna uma arma contra os radicais livres”, esclarece a médica
nutróloga Marcella Garcez, diretora da Associação Brasileira de
Nutrologia. “Entretanto, a aplicação tópica da vitamina C permite que a
sua concentração seja até 20 vezes mais alta do que quando ingerida”,
afirma a dermatologista Maria Fernanda Gavazzoni. Em tempo: algumas
fontes de vitamina C: frutas cítricas, morango, kiwi, acerola, brócolis,
couve, rúcula, abacaxi, cajú, goiaba, papaia, maçã, pera, batata doce,
tomate, entre outras.
A vitamina C é um ativo muito vulnerável, isto é, ao menor contato com o
ar se oxida e tem suas propriedades alteradas, o que reduz sua
eficácia. Por isso, a embalagem dos cosméticos que contêm o ativo faz
toda a diferença. As mais indicadas são as que têm válvulas do tipo pump
(de apertar, porque evitam o contato com o ar). Mas isso não significa
que as outras não sejam seguras, pois há maneiras de preservar suas
propriedades incluindo ingredientes na formulação.
De qualquer modo, é bom ter cuidado. Segundo a farmacêutica Mika
Yamaguchi, de São Paulo, a oxidação do ativo não apenas compromete seu
efeito como pode trazer danos à cútis. “Quando oxidada, por conta do
contato com o meio ambiente, ela se torna inativa. E o que é pior: nesse
caso, se transforma em um agente oxidante, isto é, que traz mais
radicais livres para a pele”, afirma a especialista. Vale lembrar que
não é bom armazenar o frasco em ambientes úmidos e quentes.
Manipulada ou industrializada
As duas versões podem ter formulações que protegem a integridade dos
ativos, assim como uma embalagem segura. “No caso do manipulado, há
opções de produtos que apresentam uma boa estabilidade como, por
exemplo, o Ascorbosilane C, que é uma vitamina C associada ao silício
orgânico que possibilita que o ativo permeie as camadas da pele e tenha
uma ação mais efetiva”, explica Mika. Sobre a eficácia, tanto um tipo
quanto o outro, trata a pele. “Muitos cremes atuais vêm com a vitamina C
microencapsulada, o que a protege da fácil degradação na sua forma
simples. Temos bons cremes industrializados que conseguem conter o ativo
até 20 %, o que é bastante eficaz para uso tópico”, destaca Mônica
Aribi.
Seja qual for a versão, o ideal é seguir uma orientação médica. “O
dermatologista sabe as marcas que contêm a molécula em sua melhor forma
de absorção, assim como os produtos que, além da vitamina C, contém
outros agentes antioxidantes que potencializam sua ação, como a vitamina
E e o ácido ferúlico”, explica Maria Fernanda.
Fonte: mulher.uol.com.br/beleza
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